OPINIÃO: quem está indeciso, contra ou a favor da cassação de Miki e Maurício
Cassação do prefeito e vice pode ser evitada com seis dos 17 votos dos vereadores
Quando a comissão processante emitir o relatório final sobre as 14 possíveis irregularidades apontadas na denúncia que pede a cassação do mandado do prefeito Miki Breier e vice Maurício Medeiros, o plenário da Câmara vai decidir no voto secreto se apenas Miki ou se Miki e Maurício devem ou não ser cassados.
Já adiantei aqui na coluna que a possibilidade de ocorrer a cassação inexiste, mas não é tão simples assim. A política é muito dinâmica. Hoje, ainda mantenho minha opinião: Miki e Maurício continuarão no governo.
O voto no dia da sessão de julgamento, se chegarmos até lá já que a Justiça pode barrar o processo e a comissão processante pode surpreender com um relatório preliminar recomendando o arquivamento, será secreto.
Quem acompanha o dia a dia do Legislativo pode arriscar quem está com Miki/Maurício, quem está definitivamente na oposição ao governo e quem ainda não se decidiu. Importante destacar que nunca saberemos os votos, já que são secretos.
Vamos lá, então.
Quem são os vereadores do bloco de apoio ao governo:
- Luis Henrique Tino
- Felisberto Xavier
- Jussara Caçapava
- João Tardeti
- Cristian Wasem
Quem vai votar pela cassação:
- Jacqueline Ritter
- Marco Barbosa
- Ibaru Rodrigues
- Rubens Otávio
- Eduardo Keller
- Manoel D`Ávila
- Nelson Martini
- Fernando Medeiros.
Quem ainda não se decidiu:
- Paulinho da Farmácia
- Deoclécio Mello
- Edson Cordeiro
- Alcídes Gattini
Neste placar, Miki/Maurício têm cinco votos garantidos e precisam de apenas mais um entre os quatro indecisos.
Voto político ou técnico?
Pois bem, temos os dois casos. Quem está ao lado do governo não quer saber de possíveis irregularidades político-administrativas e entende que esses eventuais erros poderiam ser corrigidos sem a papagaiada da cassação que só prejudica a cidade.
Entre os que querem a cassação temos votos políticos e técnicos. Os primeiros são de vereadores que se articularam para derrubar o governo e os segundos seguem a linha do mais correto impossível, ou seja, vão seguir o relator sem levar em conta se o governo deixou de dar cargos e fazer favores a parlamentares.
No terceiro grupo temos os que publicamente falam em voto técnico, ou seja, dizem que vão aguardar o desenrolar da investigação. Outros afirmam que se o relatório apontar irregularidade grave, votarão pela cassação.
Neste grupo de indecisos está Deoclécio Mello, que voltou ao Legislativo na última sessão. Ele não estava presente na sessão que aceitou a denúncia devido a uma úlcera varicosa no tornozelo esquerdo. De muletas, na entrada do plenário, me disse na última terça-feira o seguinte: “Vamos ver. Preciso analisar a denúncia.”
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