Não há um prazo definido para que seja escolhida a empresa que realizará um novo estudo para a construção da rodovia
Duas empresas apresentaram proposta para a realização do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) da RS-010, a Rodovia do Progresso. Os envelopes com as propostas técnicas foram abertos no último dia 20 de novembro e a análise, sem prazo para conclusão, está sendo feita pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer).
Elas foram apresentadas pelas empresas Serviços Técnicos de Engenharia (STE), de Canoas, e Incorp Consultoria e Assessoria, de Porto Alegre. Nesta fase de análise, o Daer vai verificar se as empresas possuem as habilitações exigidas no edital para a execução do trabalho.
Depois desta etapa serão abertos os envelopes com as propostas financeiras e somente das empresas que forem consideradas habilitadas. O Daer estipulou um limite de gastos em R$ 363 mil. O prazo para a apresentação do estudo é de seis meses, a contar da homologação da vencedora. Também não há um prazo estipulado para isso.
Pelo traçado, a rodovia terá extensão de 41 quilômetros e servirá de interligação entre a ERS-239,no município de Sapiranga, e a BR-290 (freeway), passando por Cachoeirinha. A Rodovia do Progresso, como também é chamada, tem o propósito de oferecer uma nova alternativa de acesso entre as regiões da Serra, Vale do Paranhana, Vale do Sinos e a área metropolitana, ainda mais após concluída a duplicação da ERS-118.
O Centro das Indústrias de Cachoeirinha (CIC), recentemente apresentou ao prefeito Miki Breier, que é o presidente do Consórcio dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Grampal), pedido de apoio político para a obra sair do campo das promessas.
A RS-010 esteve próxima de ser construída no final do Governo Yeda Crusius através de uma Parceria Público Privada (PPP). A concorrência aberta em 2010 foi vencida pela construtora Odebrecht. A concessão seria de 35 anos e o Estado arcaria com R$ 1,58 bilhão no período e a empresa entraria com R$ 700 milhões. Depois de muitas críticas da oposição e ações judiciais, a então governadora, antes de passar o cargo para o recém eleito Tarso Genro, cancelou todo o processo.
No novo governo um novo estudo foi realizado, envolvendo todos os prefeitos das cidades beneficiadas pela rodovia, aumentando os encargos para a empresa que passaria a ter que fazer os acessos aos municípios. O traçado, então, passaria de 66 quilômetros para 97. O Estado entraria com R$ 1,51 bilhão em 20 anos e a empresa teria que investir R$ 1,15 milhão deste montante. Já o número de praças de pedágio reduziriam, assim como a tarifa. Apesar da mobilização dos prefeitos, o projeto caiu no esquecimento.