OPINIÃO: o possível abuso dos donos de postos; Procon precisa verificar

Altas anunciadas pela Petrobras são repassadas de forma imediata e até antes de o aumento entrar em vigor nas refinarias

O preço dos combustíveis, regulado pelo custo do barril de petróleo no mercado internacional, tem incomodado todo mundo. Mas o que mais incomoda é a atitude de donos de postos de combustíveis. Vejamos: nesta segunda a Petrobrás anunciou um reajuste de 4,8% no preço da gasolina nas refinarias, representando R$ 0,12 a mais. E só entra em vigor amanhã, terça-feira (2).

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Nos postos localizados na RS-118 o repasse para o consumidor foi imediato. “Amanheceu assim hoje”, disse o frentista apontando o dedo para os R$ 5,267 na bomba onde abasteci.

Não sei quanto está a base de cálculo do ICMS aqui no RS, mas com certeza não é sobre o preço novo que passará ser praticado nas refinarias amanhã, terça-feira, e ainda não chegou a nenhum posto.

Os proprietários repassam os aumentos para as bombas em uma velocidade milhares de vezes superior a da disseminação do novo coronavírus. O mesmo não deve acontecer quando há reduções.

Se o combustívl já está nos tanques, e foi adquirido por um preço inferior, não parece ser correto fazer um repasse instantâneo da majoração que nem está em vigor nas refinarias.

Deveria ser repassado o aumento apenas quando chega o produto com o novo preço. Está aqui um assunto para os Procons de Cachoeirinha e Gravataí darem uma verificada se não está ocorrendo nenhum tipo de abuso.

A questão aqui não é a de fazer arminha como muitos dizem. Vai muito além até mesmo do que integrantes do PT fizeram com a nossa estatal.