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OPINIÃO: a prisão e o orçamento impositivo; vereadores, desistam

Projeto mais importante da Sessão - Foto: Arquivo

Está na pauta da Sessão da Câmara desta terça a votação em primeiro turno de projeto de autoria de Juca Soares

Primeiramente, preciso dizer que todo mundo é inocente até que o contrário seja provado. Então, se Juca Soares tem ou não envolvimento com facção criminosa, é assunto da polícia e do judiciário. O que preciso comentar nesta terça-feira (3) é a Câmara precisa retirar da pauta o projeto de emenda à Lei Orgânica, muito elogiado, e que nasceu de Juca Soares.

Nesta emenda, os parlamentares passam a ter o direito de destinar como bem entenderem R$ 4,7 milhões do orçamento da Prefeitura para seus projetos pessoais. A Câmara de Vereadores não pode continuar nesta linha de querer ser uma mini prefeitura, como já abordei em outra coluna que poder ser lida clicando aqui.

O orçamento impositivo (clique aqui para saber detalhes), embora legal, obriga o prefeito a executar o que os vereadores incluírem no orçamento. O que estamos vendo em Cachoeirinha é parte do Legislativo, tendo oposicionistas sem cargos como apoiadores, querendo tomar o poder de todas as formas.

Basta vermos o que aconteceu no processo de impeachment onde a disputa foi por mais cargos com direito a ameaças de morte a familiares de integrantes da base e de partidos aliados, tudo detalhado ao vice-governador e secretário da Segurança Pública, Ranolfo Vieira Júnior.

Intimidações, discursos inflamados usando o nome do povo em redes sociais e até invasão do Plenário na noite da votação do relatório da Comissão Processante marcaram as últimas semanas. E o prefeito teve que ceder ao esquema orquestrado para não perder o cargo.

Novas secretarias estão programadas para serem criadas no início do ano que vem para saciar a cede de paramentares e líderes partidários. Há vereador que tem seus filhos e até a esposa com altos cargos. Outro, ou outra, exige uma secretaria para seu filho, além de vários CCs polpudos.

A Câmara segue um caminho muito equivocado e nos discursos de alguns parlamentares são colocadas falhas do governo, investigações do Tribunal de Contas, Ministério Público e ações judiciais, como real justificativa para seus posicionamentos, quando, na verdade, o que buscam são mais cargos. Fazem o prefeito de refém.

E nesta briga por mais espaço, querem agora abocanhar parte do orçamento para suas iniciativas pessoais. Não façam isso! Vereadores, retirem ou reprovem essa emenda do orçamento impositivo.

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