POLÍTICA

Miki fala sobre o risco de ser cassado

Prefeito diz que respeita a independência dos poderes, que está tranquilo e que vai explicar cada um dos pontos relacionados na denúncia aceita pela Câmara

Cachoeirinha – O prefeito Miki Breier está tranquilo com relação ao desfecho da denúncia que pede a cassação do seu mandato e do vice-prefeito, Maurício Medeiros. Logo após a conclusão da votação na Câmara de Vereadores na noite desta terça-feira (30), que aceitou a denúncia e instaurou a comissão processante, ele disse ao oreporter.net, por telefone, que os 14 itens não têm consistência.

“Sou muito democrático e sempre acatei a independência entre os poderes. Acho que não estavam acostumados com isso. Até na eleição dos presidentes do Legislativo, pelo que fiquei sabendo, os prefeitos anteriores interferiam. Nossa forma de governar é diferente e eu sempre procurei ser respeitoso com todos e estou tranquilo porque a denúncia não tem consistência”, afirma.

Miki e Maurício chegaram ao poder vendo o eleitorado colocar na Câmara somente candidatos da base aliada. A inexistência de oposição poderia representar uma tranquilidade para governar e na prática esta realidade se mostrou completamente diferente.


O prefeito lembra, sem citar nomes, que logo no início do governo, durante o episódio do corte de vantagens do funcionalismo, a vereadora e servidora pública Jacqueline Ritter, embora sendo do seu partido, passou a votar contra o governo. Com o passar do tempo, outro vereador do PSB se distanciou e nesta terça acabou oficializando o rompimento com o governo. Marco Barbosa, cunhado de Miki, acabou sendo escolhido por sorteio para integrar a comissão processante e, também por sorteio, virou o presidente dela.

“Um escritor já disse que toda a unanimidade não era bem vinda. Talvez esse seja o momento de uma depuração. Vamos saber quem são os vereadores que estarão ao lado do governo dispostos a fazer o bem para a população”, salienta.

Muitos dos processos de cassação de prefeitos nem sempre levam em conta questões técnicas e jurídicas, embora elas embasem os pedidos. As decisões são, na maioria das vezes, políticas e os cassadas acabam provando anos depois, via justiça, que não cometeram nenhuma irregularidade.

“Prefeitos já foram cassados sem terem cometido nenhum ato ilícito ou dano. Estamos tranquilos e vamos esclarecer cada um dos pontos. Acredito que não haverá os dois terços necessários para a cassação porque acredito no bom senso dos vereadores”, destaca.

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