Dados de internações passaram a ser apresentados nesta segunda-feira (6) depois de o cadastramento ser aceito pela secretaria de Saúde
Cachoeirinha – O hospital de campanha instalado no Ginásio da Fátima passou a ser considerado pela secretaria estadual da Saúde na divulgação dos dados estatísticos diários. As informações sobre internações já estão disponíveis para consulta no dashboard Monitoramento Covid-19, que mostra a ocupação em 298 hospitais gaúchos.
Os dados são lançados pela secretaria municipal da Saúde. Na atualização ocorrida às 15h41min desta segunda, havia um paciente com Covid-19 confirmado utilizando a UTI. Conforme os dados disponíveis no painel, ele está utilizado o respirador. Há outros três aguardando o resultado dos testes e ocupando leitos de enfermaria.
O ingresso de Cachoeirinha no sistema só aconteceu depois de o vereador Marco Barbosa questionar o motivo pelo qual a cidade não constava no mapa e de o site oreporter.net revelar que os leitos não estavam cadastrados no sistema. O prefeito Miki Breier ficou surpreso com a informação e disse que achava que tudo estava resolvido.
O secretário municipal da Saúde, Dyego Matielo, resolveu agir e pressionou a direção do Departamento Estadual de Atenção Hospitalar e Ambulatorial (DAHA), da secretaria estadual da Saúde. Também foi corrigido um erro no Sistema de Gerenciamento de Internações (Gerint), descoberto pela reportagem e que o secretário não tinha visto: os leitos de UTI estavam cadastrados como privados e não SUS.
O secretário disse na semana passada que este erro poderia ser o responsável por Cachoeirinha não receber nas UTIs pacientes menos graves de outras cidade definidos pela chamada regulação estadual de internações. Segundo a reportagem apurou, um paciente que não exija uma alta complexidade no tratamento, pode ser removido ou internado em Cachoeirinha. Isto liberaria um leito de UTI para o atendimento de um paciente que tenha outras doenças e apresente um quadro bem mais grave.
No painel Covid, além das oito UTIs, entraram 60 leitos de enfermaria e não 63 que Matielo afirma existir na estrutura. Também constam as informações do Hospital Padre Jeremias, que tem dois leitos clínicos e oito respiradores. O secretário afirmava à reportagem que a Casa de Saúde não possuía nenhum. Além dos oito respiradores, existem mais sete, estes destinados para a UTI Neonatal, bem como quatro portáteis utilizados no caso de um paciente precisar ficar ser removido.
Apesar de ter os respiradores, o Padre Jeremias não possui UTI e em casos em que o paciente apresenta agravamento do estado de Saúde, uma remoção para um hospital com leitos cadastrados no Gerint é providenciada, respeitando a complexidade do caso a ser atendido.
O hospital de destino de uma paciente com quadro grave de insuficiência respiratória depende do tipo de UTI que ele necessita. O hospital de campanha não tem a complexidade necessária, por exemplo, para atender um paciente que tenha Covid-19 e ainda um quadro grave de câncer, por exemplo. Ele até pode ficar internado para ser mantido estável enquanto um leito de UTI mais apropriado para a complexidade do caso é providenciado.
Para acessar o painel Monitoramento Covid-19, clique aqui
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