Avenida Flores da Cunha poderá ter um túnel ou uma elevada – oreporter.net – Notícias de Cachoeirinha e Gravataí
Túnel seria na saída do Parque da Matriz - Foto: Google

Avenida Flores da Cunha poderá ter um túnel ou uma elevada

Não há uma definição ainda sobre qual das duas poderá estar pronta até o final do governo Miki/Maurício

Cachoeirinha – A avenida Flores da Cunha poderá ter até o final de 2024, quando termina o governo Miki/Maurício, um túnel ou uma elevada. A obra está prevista no projeto que o prefeito Miki Breier enviou ao Legislativo solicitando autorização para fazer um financiamento de R$ 80 milhões com a Caixa Econômica Federal. No documento, constam obras de arte, no plural, mas o secretário do Planejamento e Captação de Recursos, Jaime Braz da Silva, antecipa que os R$ 18 milhões estimados não serão suficientes para duas intervenções na avenida.

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Projeções de obras de arte na Flores da Cunha não são uma novidade. Em 2010, no governo Vicente Pires, quando estava sendo discutido o plano setorial do corredor misto da avenida, a empresa Oscar Escher – Arquitetura, Paisagismo e Urbanismo, chegou a fazer um longo estudo apresentado em audiências públicas.

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Nele, por exemplo, já estava prevista uma ciclovia no canteiro central. O projeto ainda apontava um túnel na frente do Shopping do Vale com a liberação de espaço superior para um largo entre o centro de compras e o hipermercado. Na entrada do Parque da Matriz haveria uma elevada assim como no acesso à Papa João XXIII. A Fernando Ferrari também teria seu cruzamento sobre a avenida através de uma elevada. O projeto nunca saiu do papel e se perdeu. Nem na internet é possível encontrá-lo por completo, exceto em algumas matérias em jornais impressos que nem circulam mais.

Passados 11 anos, dois pontos que causam problemas de mobilidade voltaram a ser analisados. O primeiro é a saída do Parque da Matriz, que tem longas filas em horários de pico. O segundo, também com fila longa, é o acesso à Papa João XXIII para sair da cidade. Segundo o secretário, a elevada no cruzamento da Fernando Ferrari com a Flores da Cunha está descartada neste momento.

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Estudos precisarão ser realizados para ser definido se sai um túnel da rua Érico Veríssimo para a Princesa Isabel ou se a elevada para permitir o acesso à Papa. “Pelos custos envolvidos, dificilmente conseguiremos fazer as duas obras. Temos que fazer os estudos e projetos e depois definir qual será executada”, explica.

Na mobilidade, uma outra obra é considerada importante, mas essa depende de muitos fatores. É a perimetral ligando a Papa ao Parque da Matriz por dentro do Mato do Júlio. O zoneamento da área foi enviado para a Câmara no ano passado, mas foi trancado pelo Ministério Público. A prefeitura não fez o plano setorial como está determinado no Plano Diretor. O secretário do Planejamento revela que este assunto será retomado ainda esse ano.

Centro Administrativo

O financiamento de R$ 80 milhões será o primeiro que a prefeitura poderá fazer desde que Miki assumiu o governo. Na primeira gestão, o comprometimento da receita, que chegou a 77% com a folha de pagamento impedia a administração de contratar empréstimos, uma limitação imposta pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Agora, dentro dos limites legais de gasto com o funcionalismo, os investimentos voltaram à pauta.

O pedido de autorização que chegou na Câmara na última terça-feira (27) pede autorização para a tomada do empréstimo, mas não significa que será de uma única vez. Sendo aprovado, os pedidos serão encaminhados para a CEF conforme os projetos forem sendo concluídos. Na terça, o vereador Nelson Martini foi o único a comentar a matéria e sugeriu que fosse realizada uma pesquisa nos bairros para ser apurada qual era a maior necessidade dos moradores.

A proposta, contudo, não é essa. O projeto já deixa claro para o que será destinado o dinheiro. Além dos R$ 18 milhões para obras de arte na Flores da Cunha, R$ 30 milhões são para a construção do Centro Administrativo, que ficará ao lado do prédio atual, que é alugado. Este já está mais avançado e não precisa de estudos. Uma parte do projeto está pronta e agora é necessário fazer o levantamento de custos. O secretário acredita que ainda esse ano será possível fazer a licitação.

Para onde vão os demais recursos

Do total de R$ 80 milhões, R$ 25 milhões serão para obras de infraestrutura, como recapeamento de ruas e colocação de asfalto onde não existe. É um desejo do prefeito Miki Breier fazer o prolongamento da Fernando Ferrari até a RS-118 e a obra é uma na lista de prioridades da secretaria do Planejamento.

No pacote de financiamentos, correspondendo a R$ 5 milhões, também está a realização de um novo levantamento de georreferenciamento para a revisão do Plano Diretor. O levantamento serve para a coleta de uma série de dados, mas a principal diz respeito a construções irregulares que não pagam IPTU. Para a confecção dos projetos das obras, foram reservados R$ 2 milhões.

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