Saiba porque 2017 é o ano da virada para o Shopping do Vale – oreporter.net – Notícias de Cachoeirinha e Gravataí
Mario: revitalização quer melhorar experiência do consumidor - Foto: Roque Lopes/oreporter.net

Saiba porque 2017 é o ano da virada para o Shopping do Vale

  • Roque Lopes

O Shopping do Vale de Cachoeirinha colocou em prática um plano de revitalização com foco em proporcionar para os cerca de 400 mil consumidores que circulam mensalmente pelos seus corredores um ambiente mais agradável com mais opções de produtos e serviços. O novo superintendente, Mario Figueiredo, com 30 anos de experiência no segmento, está à frente do projeto desde o último dia 15 de fevereiro e conta que o objetivo é sedimentar o conceito de shopping de desconto.

Para atingir a meta, obras de reforma e melhorias já estão em andamento, como a troca do piso da área de alimentação e reforma geral dos banheiros. O sistema de ar condicionado já foi trocado e o teto está passando por reparos. O paisagismo também receberá uma atenção, com mais flores e folhagens pelos corredores. “Queremos ser um grande shopping, não no sentido de tamanho, mas no de grandeza. Para isso, a revitalização é o primeiro passo.”

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Entregar ao consumidor um espaço mais agradável não é o suficiente. No planejamento também está traçado o preenchimento das lojas vagas com atenção especial ao mix e um conjunto de cursos e treinamentos para os lojistas. A primeira ação será no dia 18 de abril, quando a especialista de visual merchandising Stela Mafessoni vai ministrar uma palestra durante um café da manhã com lojistas. A ideia é tornar a vitrines mais atraentes contribuindo para melhorar o visual do centro de compras e ao mesmo tempo buscando atrair a atenção do consumidor para melhorar as vendas.

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“Este será o ano da virada do Shopping do Vale”, salienta com entusiasmo Mario. Acostumado a tocar projetos deste tipo pelo Brasil, sempre em cidades do interior, ele decidiu morar em Cachoeirinha e formou uma equipe de profissionais de São Paulo para atrair novas lojas. E eles também estão morando na cidade. “Isto é fundamental. A gente precisa sentir a cidade, ouvir o consumidor e procurar uma integração com quem faz as coisas acontecerem. Já fechamos uma parceria com a prefeitura para atividades dentro do shopping, já fizemos uma ação com uma escola e assim vamos conduzir este projeto”, salienta.

O centro de compras em Cachoeirinha, com cerca de 120 espaços, não deixa de enfrentar a mesma crise atravessada pelo setor em todo o Brasil, com muitos lojistas reclamando do alto custo com aluguel e condomínio. Sem revelar números, Mario diz que a realidade no município não é diferente. “O que estamos fazendo é negociar. Há uma flexibilização total. Estamos analisando caso a caso”, frisa, salientando que outra preocupação é a redução dos custos da operação para beneficiar o lojista. “Já estamos no osso, mas procurando o pouquinho de carne que ficou para cortar.”

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Para completar seu mix, o Shopping do Vale busca lojistas de determinados segmentos, como o de roupa infantil, livraria e cabeleireiro, entre outros. “Também precisamos de um restaurante. Não que seja deficiente o oferecido hoje. São ótimos, mas de fast food”, argumenta. A praça de alimentação é um dos principais atrativos e é no horário do almoço que o shopping recebe o maior fluxo de pessoas.

 

Estacionamento grátis

Pensando em ter um diferencial para este horário, o estacionamento passará a ser grátis a partir de 3 de abril. E serão três horas. Quem entrar às 11h30min e sair às 14h30min não vai pagar nada para deixar seu veículo em uma área segura. “Queremos dar esta atenção especial para nossos clientes. É mais uma forma de agradecermos a preferência que nos dão”, aponta Mario.

As três horas sem custo é mais do que a média de permanência de uma pessoa dentro de um shopping. Segundo pesquisas do setor, ela é de 2h20min. A intenção é de o cliente poder fazer sua refeição sem ter o peso do custo do estacionamento e ainda de ter tempo de visitar as lojas ou usar os serviços disponíveis.

Projeto de expansão permanece estacionado

O projeto de ampliação do shopping, anunciado em 2013, prevendo uma torre de lojas, escritórios e um hotel não tem previsão para sair do papel. O terreno na esquina da Flores da Cunha com a rua Aparício Soares da Cunha será utilizado como estacionamento e a previsão é de que as obras iniciem no segundo semestre.

“Não há como falarmos em investimentos deste porte em virtude do atual momento da economia. “A Associação Brasileira de Shopping Centers divulgou no ano passado que seriam inaugurados 10 shoppings no Brasil em 2016. Só três inauguraram e os demais foram adiados para este ano e para 2018. O novo shopping de Canoas também já teve sua inauguração adiada. Então, a nossa preocupação neste momento tem que estar centrada em qualificarmos o que temos”, salienta.

Outro ponto destacado por Mario é que o grande cliente do shopping, enquanto negócio, é o empreendedor e aquele focado em franquias. Acontece que em meio à crise há menos pessoas com os recursos necessários para fazer este tipo de investimento neste momento, conforme constatou em recente evento do setor em São Paulo. “Com R$ 20 ou R$ 30 mil não tem como comprar uma franquia e abrir uma loja em um shopping.”

Consumidor quer qualidade

A proposta do Shopping do Vale não é a de mudar o perfil do seu cliente. O foco continuará nas classes C e D, mas com a qualidade que estas classes merecem. “Este consumidor sabe valorizar o seu dinheiro. Ele já sai de casa com tudo definido e quer encontrar um ambiente agradável, um bom atendimento e um produto de qualidade com preço atrativo. Nós precisamos focar nisso”, salienta.

Apesar de ter como característica ser um shopping de vizinhança, que em tese significaria atender apenas moradores de Cachoeirinha, o centro de compras também recebe consumidores dos municípios da região. A proximidade favorece. Considerando Porto Alegre, há pelo menos 15 shoppings nos municípios vizinhos. “Um dos aspectos que me surpreendeu é a quantidade de pessoas que vem ao Shopping do Vale. Nós devemos dar a elas o melhor que pudermos e fazermos com que a comunidade abrace o shopping sentido-se dona dele”, destaca.

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