CACHOEIRINHA

Saiba como funciona a rede de atendimento da saúde mental em Cachoeirinha

O CAPS Infanto-juvenil reiniciará os acolhimentos no novo prédio, na rua Francisco Brochado da Rocha, 54, bairro City, nesta sexta-feira (26)

Cachoeirinha – Cachoeirinha conta com três Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que juntos realizam em média 650 atendimentos mensais. São o CAPS Infanto-Juvenil, voltado a crianças e adolescentes de até 18 anos; o CAPS II, para adultos; e o CAPS AD, que atende pessoas a partir dos 16 anos com dependência de álcool e outras drogas.

O CAPS Infanto-juvenil reiniciará os acolhimentos no novo prédio, na rua Francisco Brochado da Rocha, 54, bairro City, nesta sexta-feira (26). Neste dia, às 10h, será realizada a inauguração da nova sede, aberta à comunidade. “Estamos muito felizes em compartilhar este momento de crescimento e melhoria, que permitirá oferecer mais conforto, qualidade e eficiência no atendimento a todos”, afirmou a secretária municipal de Saúde, Bianca Breier.

“Os CAPS são dispositivos que atendem prioritariamente pessoas com doença mental grave e persistente, além de indivíduos que sofrem com transtornos em geral e aqueles com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas”, explica Cristiane Soares Almeida, coordenadora de Políticas de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde.

Atendimento aberto e multiprofissional

O acesso é feito por acolhimento de porta aberta — não é necessário agendamento prévio. “Normalmente, o atendimento acontece diante dos sintomas da pessoa, em situações de risco de autoagressão, crises ou exposição moral. A equipe acolhe, avalia, estabiliza e depois encaminha para acompanhamento na atenção básica”, detalha Cristiane.

Cada paciente tem um projeto terapêutico individualizado, construído por uma equipe multiprofissional composta por psiquiatras, clínicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, técnicos de enfermagem e assistentes sociais. Os atendimentos podem ser individuais, em grupo ou em rodas de conversa, conforme a necessidade.

Números de 2025

De janeiro a agosto deste ano, os três CAPS de Cachoeirinha somaram mais de 15 mil atendimentos.

  • CAPS II (adulto): 6.457 atendimentos, média de 807 por mês
  • CAPS AD (álcool e drogas): 5.531 atendimentos, média de 691 por mês
  • CAPS IJ (infanto-juvenil): 3.580 atendimentos, média de 448 por mês

Contexto nacional

O debate sobre saúde mental ganha destaque em setembro, mês da campanha Setembro Amarelo, lançada em 2014 pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). O foco principal é a prevenção ao suicídio.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil registra cerca de 14 mil casos de suicídio por ano, uma média de 38 por dia. Embora a tendência mundial seja de queda, nas Américas os números continuam a crescer. Estudos indicam que quase todos os casos estão ligados a transtornos mentais, muitos deles não diagnosticados ou tratados de forma inadequada.

Onde buscar ajuda

Quem apresentar sinais de sofrimento emocional deve procurar apoio o quanto antes. No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece atendimento gratuito e sigiloso pelo telefone 188 (24 horas), além de chat e e-mail em www.cvv.org.br.

Em Cachoeirinha, é possível buscar auxílio diretamente nos serviços de saúde ou nos três CAPS:

  • CAPS Infanto-Juvenil: Rua Francisco Brochado da Rocha, 54 – Bairro City. Telefone: (51) 3041-4107.
  • CAPS II (Adulto): Rua Anita Garibaldi, 275 – Vila Márcia. Telefone: (51) 3041-6247.
  • CAPS AD (Álcool e Drogas): Rua Aparício Soares da Cunha, 128 – Bairro Bom Princípio. Telefone: (51) 3074-5569.
  • Situações de emergência: ligar 192 (SAMU/UPA).

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