Presidente da Acrer reclama da prefeitura e quase chora na Câmara
Associação de recicladores vem sofrendo com a falta de atenção da prefeitura
Cachoeirinha – A presidente da Associação dos Classificadores de Resíduos Recicláveis (Acrer), Andrea Piaget, usou a Tribuna Popular da Câmara de Vereadores de Cachoeirinha na Sessão desta terça-feira (9) e quase chorou durante relato da falta de atenção da prefeitura de Cachoeirinha. O principal problema tem sido o não recolhimento dos chamados rejeitos, materiais que acabam chegando no galpão localizado no Distrito Industrial e não têm como serem aproveitados na reciclagem.
Para agravar as dificuldades, a cidade está sem coleta seletiva. O contrato com a empresa responsável por coletar o material e levar até a Acrer encerrou. “Desde novembro do ano passado, não retiram o rejeito”, afirma, salientando que a associação se transformou em um lixão. A limpeza iniciou nesta segunda-feira (9), mas só isso não resolve. Conforme Andrea, é necessário que a prefeitura deixe um container no local e faça o recolhimento com frequência.
Hoje, 15 famílias dependem da receita gerada com a venda dos materiais recicláveis. Sem terem o que produzir e sequer buscar materiais separados por empresas e pessoas da comunidade, o paliativo para não passarem fome são cestas básicas destinadas pela prefeitura. Mas nem podem ser consideradas básica, porque faltam produtos, como óleo. “A gente não tem nem para o gás”, diz Andrea, que em determinado momento quase chorou ao relatar o drama vivido.
A prefeitura vai contratar a Cootracar, cooperativa de Gravataí, para fazer a coleta dos recicláveis. Não há ainda uma data definida para a coleta seletiva ser retomada. O vereador Marco Barbosa se solidarizou com Andrea e destacou que é necessário a associação buscar sua regularização. A intenção da Acrer é assumir a coleta seletiva na cidade sendo paga pela prefeitura pelo serviço. Hoje, contudo, não tem condições por não estar regularizada e não tem recursos para a compra de um caminhão.
Confira, na íntegra, o relato de Andrea no vídeo abaixo: