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Planta muito comum em jardins é a mais tóxica do mundo

Devido às suas flores coloridas, ela é frequentemente escolhida para compor paisagens urbanas e decorar espaços públicos. É a beleza que esconde perigo

A espirradeira, também conhecida pelo nome científico Nerium oleander, é uma planta muito comum em praças, calçadas e jardins residenciais. Devido às suas flores coloridas, ela é frequentemente escolhida para compor paisagens urbanas e decorar espaços públicos. Entretanto, embora seja considerada ornamental, a espirradeira é classificada por especialistas como uma das plantas mais tóxicas do mundo.

A substância presente na espirradeira

A toxicidade da espirradeira está diretamente ligada à presença de glicosídeos cardiotóxicos, principalmente a oleandrina e a neriina. Essas substâncias afetam o funcionamento do coração humano e animal. Quando ingeridas, ainda que em pequenas quantidades, podem causar graves distúrbios cardíacos, levando até mesmo à morte. Assim, apesar da aparência inofensiva da planta, qualquer parte dela oferece riscos sérios para a saúde.

Como a espirradeira age no organismo

Ao entrar em contato com o corpo humano, seja por ingestão, inalação da fumaça proveniente de sua queima ou até pelo contato direto com a seiva, os compostos da espirradeira começam a agir rapidamente. Os glicosídeos interferem na atividade da bomba de sódio e potássio das células cardíacas. Essa alteração provoca arritmias severas, podendo evoluir para parada cardíaca. Por isso, a espirradeira é considerada uma das principais plantas venenosas no ambiente urbano.

Sintomas de intoxicação por espirradeira

Os sintomas de intoxicação variam conforme a quantidade ingerida ou a forma de contato. Em casos leves, a pessoa pode apresentar náusea, vômito, dor abdominal e tontura. Com a progressão, surgem arritmias, dificuldade para respirar, sonolência e convulsões. Quando não há atendimento médico imediato, a intoxicação por espirradeira pode resultar em falência de órgãos vitais e morte. A suspeita de ingestão é tratada como emergência médica.

Por que a espirradeira é extremamente perigosa

Ao contrário de outras plantas venenosas, a espirradeira concentra toxinas em todas as suas partes. Folhas, flores, caule, galhos e até mesmo as sementes apresentam alta toxicidade. Isso significa que não existe um componente seguro para manipulação. Até mesmo a água onde ramos foram colocados pode se tornar venenosa. Dessa forma, a espirradeira representa um risco constante para crianças, animais domésticos e até para adultos desavisados.

Casos de envenenamento registrados

Diversos registros médicos relatam casos de intoxicação por espirradeira em várias partes do mundo. Em muitos episódios, crianças ingeriram folhas por curiosidade ou animais domésticos mastigaram galhos da planta. Além disso, há relatos de acidentes envolvendo pessoas que utilizaram galhos da espirradeira como espetos para churrasco ou como lenha para fogueiras. Substâncias tóxicas liberadas e provocam quadros graves de envenenamento.

A espirradeira e o risco em ambientes públicos

Apesar de ser extremamente tóxica, a espirradeira é utilizada em projetos de paisagismo urbano. Sua resistência ao clima, baixa necessidade de manutenção e flores vistosas a tornam atrativa para jardins públicos. No entanto, o uso da espirradeira em ambientes frequentados por crianças e animais tem gerado críticas de especialistas em saúde e meio ambiente. Para eles, a falta de informação sobre os riscos aumenta as chances de acidentes.

Maneiras de reduzir os riscos da espirradeira

Apesar da toxicidade, a espirradeira pode continuar presente em jardins, desde que haja cuidados específicos. É fundamental evitar que crianças e animais tenham acesso à planta. Além disso, recomenda-se o uso de luvas durante a poda, pois o contato com a seiva pode causar irritação na pele e nos olhos. As pessoas não devem queimar restos da planta porque a fumaça transporta substâncias tóxicas que podem ser inaladas.

O que fazer em caso de intoxicação

Se houver suspeita de ingestão de partes da espirradeira, a orientação é procurar atendimento médico imediato. Enquanto o socorro não chega, é importante não induzir o vômito sem recomendação profissional, pois a substância pode causar mais danos ao retornar pelo trato digestivo. Nos hospitais, os médicos costumam utilizar carvão ativado para tentar reduzir a absorção do veneno e monitoram a função cardíaca do paciente em tempo integral.

Importância da informação sobre a espirradeira

A disseminação de informações sobre os riscos da espirradeira é considerada uma forma de prevenção. Muitas pessoas desconhecem a toxicidade da planta e a mantêm em jardins residenciais sem adotar medidas de segurança. Por isso, campanhas educativas podem contribuir para reduzir acidentes e alertar sobre a gravidade da intoxicação. Informar a população é uma maneira eficaz de evitar casos fatais relacionados ao contato com a espirradeira.

Espirradeira como objeto de estudo científico

Apesar do alto risco, a espirradeira também é objeto de pesquisas científicas. Alguns estudos buscam compreender se os compostos presentes nela podem ser utilizados em doses controladas para fins medicinais, principalmente em tratamentos relacionados ao coração e até mesmo no combate ao câncer. Contudo, esses estudos ainda estão em fase experimental e não justificam o uso caseiro da planta para fins medicinais, prática que já provocou intoxicações graves.

Conclusão: beleza que esconde perigo

A espirradeira é uma planta de grande presença em jardins, mas sua beleza esconde um perigo real. Todas as partes da planta contêm substâncias altamente tóxicas, capazes de causar intoxicação grave e até morte. Por esse motivo, especialistas alertam para a necessidade de cuidado redobrado na manipulação da espirradeira e para a importância da informação como forma de prevenção. Assim, conhecer os riscos e agir com responsabilidade pode evitar tragédias envolvendo essa espécie tão comum e, ao mesmo tempo, tão letal.

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