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Raomil da Fonseca encontrou as primeiras presas nas redes na última quarta-feira (14)
Cachoeirinha – Como já era previsto por ambientalistas, as piranhas-vermelhas, conhecidas como palometas, chegaram à Bacia do Rio Gravataí. O pescador Raomil da Fonseca, que mora nas proximidades da ponte de Cachoeirinha, costuma colocar redes na área em que o rio sai do leito.
Ele já tinha notado que alguns peixes estavam comidos e não sabia o que poderia ser. Na última quarta-feira (14) capturou as primeiras, que ficaram presas nas redes. A sobrinha, que é vizinha, Valéria Furtado, conta que a irmã pesquisou na internet que tipo de peixe poderia ser e descobriu que se tratava das palometas.
Nativa da bacia do rio Uruguai, a palometa chegou na região, conforme especialistas, devido à transposição e às conexões da Bacia do Rio Uruguai com a Bacia do Rio Jacuí, que se conecta com a Bacia do Guaíba. O Ibama tem trabalhado em conjunto com a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) e universidades para avaliar os impactos da propagação das palometas.
Baseado numa resolução do Conselho Nacional de Biodiversidade, o Ibama tem desenvolvido um plano de médio e longo prazo com ações variadas, algumas de competência do órgão federal e outras que devem ser adotadas por prefeituras e governo do Estado. Por ser uma espécie exótica e carnívora, a piranha preocupa por causar alterações nas relações ecológicas.
