Governo tem a oportunidade de corrigir seu rumo e transformar o slogam Cachoeirinha do Futuro em realidade
Cachoeirinha – A Lei Orçamentária Anual (LOA), estimando as receitas e despesas da prefeitura para o ano que vem, foi aprovada na Câmara de Vereadores com destaque para duas emendas de extrema relevância. A do vereador David Almansa fez um remanejo no orçamento para que seja criada a Renda Básica de Cidadania para pelo menos cinco mil famílias de baixa renda que receberiam R$ 100,00 mensais. Outra emenda, a do vereador Fernando Medeiros, também atenderia cinco mil famílias em situação de vulnerabilidade com cestas básicas mensais por um ano.
São duas propostas que fazem uma grande diferença para as famílias que já enfrentavam situações complicadas e viram tudo ficar ainda mais difícil em decorrência dos efeitos da pandemia. O prefeito em exercício Maurício Medeiros não pode vetar as emendas. Imagino que ele não queira criar constrangimentos para o titular do cargo, Miki Breier, que pode voltar logo, mas devemos pensar na cidade, nas pessoas. Maurício, não vete e execute as propostas. Não precisa fazer exatamente o que os vereadores estão propondo e de forma isolada.
O governo tem a oportunidade de criar um programa social municipal. Pode unificar os R$ 100,00 e uma cesta básica para cada família e ainda acrescentar passagens de ônibus gratuitas tendo em vista que irá conceder um subsídio para a Transbus. Os R$ 100,00 podem parecer pouco, mas fazem grande diferença para quem nada tem ou tem pouco. E ainda fomenta o comércio nas áreas periféricas.
Outro ponto: temos que combater a evasão escolar e um programa social vinculado a necessidade de crianças das famílias beneficiadas comprovarem frequência à escola ajuda. Vamos ir um pouco além. Outra emenda, esta do vereador Marco Barbosa, fez um remanejo para que seja feito um convênio com o Senai para a formação de adolescentes. Podemos pensar ainda em uma alternativa de cursos profissionalizantes para adultos também. O governo federal já tem seus programas, mas nada impede que Cachoeirinha também tenha o seu.
Vamos considerar que não seja possível atender cinco mil famílias, mas que seja a metade. Será um avanço extraordinário. Não concordo em somente dar dinheiro e alimento. É preciso pensar na formação para que estas pessoas possam encontrar seus caminhos para saírem do quadro da vulnerabilidade.
O slogam desta administração é Cachoeirinha do Futuro. É possível criar um projeto em janeiro em fevereiro para iniciarmos em março. Na região temos vários exemplos que podem ser inspiradores para o Auxílio Cachoeirinha do Futuro. Não temos como fazer um futuro diferente sem olharmos para as pessoas no presente. E elas não precisam somente de obras. Elas precisam ter o que colocar na mesa, necessitam de oportunidades para mudarem suas realidades e, especialmente, merecem um incentivo para reacenderam a esperança por uma vida melhor e mais digna.