Prefeito em exercício deixou o cargo por 10 dias em meio a uma das piores crises políticas da história de Cachoeirinha
Quem nunca esteve envolvido em problemas gigantescos que precisam ser resolvidos e é bombardeado de todos os lados para apresentar soluções? Quem ainda não esteve, ao longo da vida, provavelmente, vai atravessar um momento desses. Pois o prefeito em exercício Maurício Medeiros deixou a prefeitura para se desligar de tudo por 10 dias. Agiu corretamente. Muitas vezes é necessário se afastar do problema para elaborar melhor tudo o que está acontecendo e encontrar soluções. Duvido que ele, caso esteja em uma praia tomando sua caipirinha, não esteja pensando no que vai fazer. É impossível se desligar completamente.
Deixando o cargo também demonstra que a rusga com Cristian Wassem, presidente da Câmara que assumiu o cargo, está superada. Agora precisamos combinar uma coisa: quando voltar, precisa assumir de fato o cargo. Tem que ir para a rua, fiscalizar, inaugurar as pequenas e poucas obras … Cachoeirinha vive um estado depressivo e não pode ter no seu principal líder político a mesma apatia. Verdade que faltam menos de 60 dias para terminar a suspensão de Miki Breier, caso o prazo de 180 dias não seja prorrogado pela 4ª Câmara do Tribunal de Justiça atendendo pedido do Ministério Público. Há a possibilidade de a investigação da Operação Ousadia, tamanho o volume de documentos, não ter se encerrado sendo necessário novo prazo. Se isso ocorrer, está mais do que justificado que Maurício precisa mudar de postura. A casa pode estar caindo, mas até ela cair o povo precisa de um líder nas ruas mostrando que está trabalhando para evitar que tudo vá por água abaixo.