Vereador Marco Marbosa apresentou projeto definindo que trabalhadores na educação devem ser vacinados
Depois da pérola do vereador Edison Cordeiro em apresentar projeto indicativo autorizando a Prefeitura a fazer convênio com consórcio para a compra de vacinas, que não serve para nada uma vez que o Executivo vai seguir um modelo padrão da Frente Nacional dos Prefeitos, agora foi a vez de outro parlamentar, Marco Barbosa, deixar a sua marca no rol de iniciativas inúteis.
Ele apresentou um projeto de lei legislativa prevendo prioridade para que todos os profissionais da educação devem ser vacinados contra a Covid-19. Deixo bem claro que não vou entrar no mérito se devem ou não, pois entendo que isto cabe aos especialistas.
O que quero opiniar é sobre a iniciativa do experiente parlamentar, que não é marinheiro de primeira viagem. Cabe ao Ministério da Saúde definir os grupos prioritários no Plano Nacional de Imunização. Não é um vereador que vai mudar uma regra que vale para todo o Brasil.
Propor uma lei desta só tem uma utilidade: tirar proveito político, ainda mais se a regra nacional mudar. É bem capaz de Barbosa posar em redes sociais segurando a lei que cheira a demagogia dizendo que ele conseguiu, caso haja alguma alteração uma vez que existe um movimento político fazendo esta defesa. E se fizer isso, ainda teremos gente acreditando.
Quando se quer mudar uma regra que passa, necessariamente, por uma mobilização política nacional, não é criando uma lei inútil que vamos conseguir este objetivo.
Quero ver a posição dos demais vereadores. Imagino que podem não votar contra temendo ver seus nomes expostos em redes sociais como sendo contra a vacinação de profissionais de educação. Os oposicionistas e apoiadores do quanto pior melhor para eles não deixarão de cometer esta atrocidade.
Depois de publicada esta coluna de opinião, um leitor me lembrou que Barbosa é professor. Não sei se leciona, mas está querendo legislar em causa própria também?
Atualizada – 04/03/21 – 12h30min