Prefeito de Gravataí decide nesta terça se decreta ou não o fechamento de todas as atividades, excesso essenciais
Na semana em que prefeitos já começam a pensar na possibilidade de a cogestão ser liberada pelo Governo do Estado, o que significa medidas menos restritivas do que as estabelecidas atualmente na bandeira preta, Gravataí vive um cenário de caos na saúde. Não há mais internação para casos graves. O prefeito Luiz Zaffalon vai se reunir com entidades nesta terça-feira (16) para decidir se decreta ou não o lockdwon. Somente serviços essenciais poderão funcionar.
O cenário trágico, com pessoas agonizando e lutando contra a morte sem ter atendimento de maior complexidade, vai se refletir em Cachoeirinha, onde o quadro só não é catastrófico pela decisão do prefeito Miki Breier de bancar o Hospital de Campanha no Ginásio da Fátima, contra tudo e contra todos.
É verdade que o HC está no limite de sua capacidade e, infelizmente, não há como salvar vidas de moradores de Gravataí. Se o quadro não mudar, não será possível nem salvar todos de Cachoeirinha que precisarem de internação.
Um lockdown não deixará de se refletir em Cachoeirinha. Desesperados, moradores de Gravataí já procuram socorro no HC. Os negacionistas não deixam de se aglomerar nem em espaços públicos demonstrando não estarem nem aí para o que está acontecendo. Sem opção em Gravataí, vão invadir Cachoeirinha e o cenário menos caótico vai mudar completamente. Podemos ter por aqui um lockdown também.
Não há como compreender como muitas pessoas negam o que está acontecendo. Amigos, vizinhos, colegas de trabalho e familiares estão morrendo e muitos não estão nem aí. Até quando?