No dia do corretor, Cachoeirinha anuncia outro negócio de 1 bilhão e 4 mil empregos

Cachoeirinha – Era para ser apenas confraternização e para o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI), Márcio Bins Ely, falar sobre os avanços para a classe, mas as boas notícias vieram para a cidade. O presidente do Conselho Municipal do Plano Diretor, André Lima, aproveitou a comemoração do Dia do Corretor, que transcorreu nesta quarta-feira (27), para fazer uma série de anúncios sobre mobilidade urbana que vão impactar em novos negócios e empregos, não deixando de favorecer os corretores. O encontro no Facilita Cachoeirinha foi organizado pelo delegado do Creci em Cachoeirinha, Gustavo Freitas.

O principal ponto do revelado por André Lima é o movimento do grupo de investimento que comprou 200 hectares da área da Souza Cruz em 2020. Com aval do Ministério Público e licença já aprovada pela Fepam, 40 hectares serão preservados como corredor ambiental. O restante da área será desmembrado em seis partes para a construção de pavilhões destinados a logística.

O investimento total pode chegar a R$ 900 mil, beirando o R$ 1 bilhão com as demais cifras envolvidas. A expectativa é de que o negócio vá gerar em torno de 4 mil empregos. O projeto não é para agora, mas já está em andamento. A Prefeitura ganha em arrecadação. Lima estima a geração de até R$ 6 milhões com o ISS da obra, até R$ 25 milhões com ITBI e uma receita anual de até R$ 3,6 milhões em IPTU.

Nesta área, está previsto a construção de um shopping à céu aberto na face que fica para a ERS-118. Além disso, no outro lado da rodovia, há um projeto para a instalação de uma atacarejo.

Mais investimentos

André Lima ainda anunciou investimentos na mobilidade que envolvem iniciativas privadas e também da Prefeitura através do financiamento junto ao Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB) de US$ 70,51 milhões conforme o projeto aprovado na Câmara de Vereadores.

“Agora nós estamos fazendo o prolongamento da Avenida Cruzeiro, inicialmente num trecho entre o Assunção ali na Frederico Ritter e o Condomínio Blue lá na entrada da Betânia, que para o seu lado esquerdo segue até a Avenida Regência. De lá desmembra para a estrada dos Capistranos e vai até a estrada do Nazário”, disse. O objetivo é desafogar a Ritter. Essa nova via será bancada por proprietários de áreas que pretendem prepará-las para a implantação de condomínios.

Outra medida para desafogar a Ritter é o prolongamento da Fernando Ferrari, que passaria por dentro da Ritter Alimentos. Uma negociação já está em andamento. A via faria uma ligação com a avenida Wilma Ritter Beiser, saindo Betânia. Outro ponto envolve a Vila Navegantes, que impede a ligação da Zona Norte com a Flores da Cunha. Moradores serão removidos para a abertura de uma nova via. Outra obra é a construção de uma passagem subterrânea na Flores da Cunha para permitir mais agilidade na entrada e saída do Parque da Matriz, servindo futuramente, como uma nova rota para a Freeway.

Também está nos planos o prolongamento de via na Cruzeiro II, no Distrito Industrial, com ligação ao traçado da eletrovia que vem sendo chamado de trecho inicial da RS-010, projeto previsto no financiamento com o banco chinês. Na região do CD do Ponto Frio, haverá a abertura de duas vias paralelas para permitir ligação das regiões.

O secretário de Planejamento, Paulo Garcia, aproveitou o encontro para apresentar o programa Cachoeirinha – 2050, Resiliência Urbana e Inovação na Gestão de Riscos Climáticos. O financiamento internacional foi anunciado como sendo de US$ 78 milhões, depois passou a ser e US$ 70,51 milhões aprovado pela Câmara, mas o secretário segue dizendo que é de US$ 88 milhões, o que está errado. Mesmo com a contrapartida de 20% da prefeitura, o valor não chega a essa cifra. Fica em US$ 84,61 milhões. Em Reais, a diferença é de R$ 18 milhões.