Montanha de lixo e foco de mosquito da Dengue preocupa Acrer
Prefeitura de Cachoeirinha deixou e fazer a coleta e presidente da entidade só recebe promessas
Cachoeirinha – Uma montanha de lixo estimada em 40 toneladas vem preocupando a presidente da Associação dos Classificadores de Resíduos Recicláveis (Acrer), Andreia Piagett. O pátio está tomado de resíduos e época de epidemia da dengue, o local se transformou em criadouro do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da doença.
Andreia conta que a empresa terceirizada da prefeitura, responsável pela coleta seletiva, também recolhe o chamado lixo inerte, como restos de armários, sofás, colchões e uma série de outros materiais descartados pela população nas ruas. Tudo vai para a Acrer fazer a separação e o que não é aproveitado fica depositado no pátio para ser recolhido pela prefeitura.
“Desde outubro do ano passado, eles vieram aqui apenas duas vezes para levar esse rejeito do processo de reciclagem. Na última vez, foram cerca de 20 toneladas. Agora, fomos esquecidos. Nós já pedimos várias vezes para que viessem novamente, mas recebemos apenas promessas. Não sabemos mais a quem recorrer”, diz Andreia.
Segundo a presidente da entidade, há alguns meses o caminhão da coleta de lixo domiciliar passava na rua três vezes por semana e parou. “O caminhão chega na esquina e quando fazemos sinal para virem até aqui, o pessoal faz sinal com as mãos que não podem”, lamenta.
A Acrer parece um grande lixão a céu aberto. O problema só não é mais grave, conforme Andreia, porque não há lixo orgânico. “É apenas lixo seco.” A reportagem entrou em contato com o secretário de Infraestrutura e Serviços Urbano, Cléo Pereira, no início da manhã de terça-feira (2) e até a publicação desta matéria, não obteve retorno.