Leite requisita todos os hospitais e o de campanha pode receber socorro – oreporter.net – Notícias de Cachoeirinha e Gravataí
Previsão é de 600 mil para o HC - Foto: Roque Lopes/arquivo

Leite requisita todos os hospitais e o de campanha pode receber socorro

Governo do RS acionou nesta quinta-feira (25) a fase 4 do Plano de Contingência Hospitalar

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Diante de uma ocupação superior a 90% dos leitos de UTI no RS e de números negativos que aumentam a cada novo dia, a Secretaria da Saúde (SES) acionou nesta quinta-feira (25) o último nível da fase 4 do Plano de Contingência Hospitalar, montado no início da pandemia. “Esta é maior taxa de ocupação até agora, uma situação de extrema gravidade, e será necessária a utilização de espaços disponíveis em cada instituição da rede hospitalar do Estado”, explica o diretor do Departamento de Regulação Estadual, Eduardo Elsade.

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Neste último nível, a utilização de hospitais de campanha está previsto. Nesta quinta, o secretário municipal da Saúde, Juliano Paz, aguardava um posicionamento do Governo o Estado sobre um pedido de ajuda para a manutenção de UTIs sob responsabilidade da Prefeitura.

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Os contratos do Hospital de Campanha no Ginásio da Fátima terminam no domingo e uma estrutura mais enxuta está sendo preparada para o antigo posto 24 horas, mas sem a certeza de haver UTIs. “Amanhã [sexta] é nosso dia D. O aumento nos atendimentos e casos está impressionante. A Coordenadoria Regional da Saúde está aguardando um retorno da secretaria estadual”, disse.

Medidas do Estado

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Além da suspensão imediata das cirurgias eletivas (com exceção das cirurgias de urgência ou que representem risco para o paciente), deverão ser instalados leitos emergenciais em salas de recuperação e em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) intermediárias. Junto à ocupação dessas áreas a serem disponibilizadas, deverão também ser acionadas as equipes técnicas desses setores, especialmente as equipes médicas e de enfermagem.

“A partir de agora, os hospitais gaúchos, entre públicos e privados, têm o compromisso de disponibilizar toda a sua estrutura para atendimento de casos de Covid-19, porque estamos na fase mais crítica, que precisa de atitudes mais drásticas”, explicou a secretária da Saúde, Arita Bergmann.

Conforme indicava o mapa de leitos no início da tarde desta quinta-feira (25/2), 2.698 leitos de UTI estavam ocupados no RS, incluindo leitos com atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e os privados, a maior taxa de ocupação da pandemia. A lista de espera por leitos em UTI também só cresce. No dia 13 de fevereiro, dois pacientes em estado gravíssimo aguardavam transferência para um leito de UTI. Nesta quinta, o número de pacientes com risco de morte esperando atendimento de UTI é de 30. Outro dado preocupante é cerca de 60% dos pacientes que internam em UTIs morrem.

“Mais de 12 mil gaúchos já perderam a vida para a Covid-19, número maior do que a população de 351 municípios gaúchos. Diante desse cenário catastrófico, a necessidade seria abrir 60 novos leitos de UTI por dia, mas isso jamais será possível”, afirma a secretária Arita.

O Plano de Contingência Hospitalar foi elaborado no início da pandemia e já teve novas versões que acompanharam o avanço da doença. O plano é estruturado em quatro fases e cada uma das etapas sinaliza as ações e a forma como a SES deve organizar os serviços hospitalares e a movimentação da rede para acesso dos pacientes aos serviços.

• Clique aqui e acesse o Plano de Contingência Hospitalar.

*Roque Lopes, com assessoria de imprensa do Governo do Estado

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