ESTADO

Governo Leite recebe pedido para incluir a ERS-118 no Plano Rio Grande

Duplicação da rodovia em Alvorada e Viamão poderia ser feita com recursos do Fundo do Plano Rio Grande

A duplicação da ERS-118 poderia ser feita, sem a necessidade de instalação de pedágios, com a sua inclusão no Plano Rio Grande permitindo que a obra seja executada com recursos do Fundo Rio Grande (Funrigs). O entendimento é de entidades que integram o Movimento RS-118 sem Pedágio. Nesta terça-feira (10), um ofício, assinado por entidades da região e deputados estaduais, foi protocolado no gabinete da Casa Civil, endereçado ao governador Eduardo Leite.

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“Essa rodovia é uma das mais estratégicas para o desenvolvimento do Estado e notabilizou-se na catástrofe climática de maio do corrente ano, por ter sido o único caminho rodoviário possível de acesso de entrada e saída da Capital gaúcha. Todo o trânsito durante a enchente por ela fluiu, constituindo naquele período o que se denominou como Corredor Humanitário, possibilitando a ligação de Porto Alegre com o estado e com o país. Graças a ERS-118, evitou-se a ampliação de mortes e o desabastecimento de produtos de primeira necessidade para as populações atingidas pelos eventos climáticos”, destaca o documento. Entidades defendem que o pedagiamento da rodovia irá transferir o trânsito para dentro dos municípios além de encarecer o transporte e atrasar o desenvolvimento da região.

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A duplicação dos 16 quilômetros da rodovia, entre Alvorada e Viamão, conforme informado no ofício, fica em torno de R$ 140 milhões. As entidades e deputados ressaltam que seria possível executar a obra com recursos do Funrigs, que só da postergação da dívida do Estado com a União tem uma estimativa de R$ 14 bilhões para investimentos na reconstrução do RS. O governador é lembrado no documento que assumiu um compromisso público de não implantar pedágio na rodovia. Ele acabou mudando de ideia depois da eleição ao revelar que seria adotado o sistema de cobrança automática eletrônica, dando início à mobilização regional.

O ofício foi protocolado pelo coordenador do Movimento RS-118 Sem Pedágio, Darcy Zottis, deputada Stela Farias, líder da Bancada do PT, deputado Miguel Rossetto, deputada Sofia Cavedon (PT) e deputado Capitão Martin (Republicanos). No último dia 3, a deputada Stela apresentou na Assembleia Legislativa um projeto de lei proibindo a instalação de praças de pedágios, com cobrança pelo sistema tradicional de cancelas, pelo sistema de cobrança automática eletrônica (free flow) ou por qualquer outro meio de cobrança que venha a ser criado, em áreas urbanas ou conturbações municipais. Se aprovado, ele contempla a ERS-118.

O documento protocolado nesta terça no Casa Civil foi assinado por parlamentares de diferentes partidos, incluindo o PT, Republicanos, MDB e PL, além do Movimento RS/118 Sem Pedágio; Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul);Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas no RS (Fetransul); CDL Porto Alegre; Federação Associação Gaúcha do Varejo (FAGV); Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA); Associação Empresarial de Cachoeirinha (ACC); Associação Comercial e Industrial de Gravataí (ACIGRA); Associação Comercial Industrial e de Serviços de Sapucaia do Sul do (ACIS); Associação Comercial Industrial e de Serviços de Esteio (ACISE); Associação Comercial Industrial e de Serviços de Alvorada (ACIAL); Associação Comercial Industrial e de Serviços de Viamão (ACIVI); CDL Viamão.

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