POLÍTICA

Fiscalização de doação a ONG criada por Deoclécio gera especulações

Força-tarefa do MP do Rio Grande do Sul, que conta com integrantes do MP e Polícia de Santa Catarina, recebeu denúncia

Cachoeirinha – Uma operação da força-tarefa do Ministério Público do Rio Grande do Sul, contando com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) do MP de Santa Catarina, gerou muitas especulações no final da tarde desde domingo (19) envolvendo o vereador Deoclécio Mello (PSDB) e a ONG Vida Viva, fundada por ele. A investigação seria sobre o possível desvio de uma carga de duas toneladas de alimentos recebidos pela ONG na última quinta-feira (16).

A carga foi colocada em um depósito na Marechal Rondon emprestado para a ONG. Segundo a presidente do PSDB e filha do vereador, Aline Mello, a cedência do espaço ocorreu com documentação e os alimentos estão sendo destinados para famílias que procuram a entidade.

A ONG abriu um abrigo comunitário a pedido da Igreja Lagoinha e por ela, conforme Aline, já passaram 250 pessoas. Nesta segunda-feira (20), cerca de 40 pessoas, ainda continuam no espaço. São duas de Porto Alegre e o restante de Canoas.


“Foi uma operação de fiscalização e nós mostramos toda a documentação do trabalho que vem sendo realizado. Não há nada de irregular e é necessário que essas fiscalizações aconteçam”, disse Aline à reportagem pelo seu telefone celular, que não foi apreendido, conforme boatos. Vários carros sem identificação da força-tarefa chegaram no endereço do prédio da família Mello na avenida José Brambila, chamando a atenção de vizinhos e motoristas.

“Eu convidei o promotor para conhecer a ONG e mostrei o trabalho que é realizado. Ele disse que haviam recebido uma denúncia. É politicagem”, ressalta. Os alimentos estão sendo destinados para os abrigados e também para as famílias cadastradas. “Não entregamos cestas básicas. São alguns quilos e no segundo pedido, voluntários, entre eles assistentes sociais, vão até o endereço da pessoa para verificar a situação da família”, destaca.

Integrantes do GAECO catarinense estão no Rio Grande do Sul desde o último dia 10 com o objetivo de apoiar os Promotores de Justiça gaúchos nas ações de segurança e fiscalização dos abrigos destinados às vítimas dos eventos climáticos. Membros da Coordenadoria de Inteligência e Segurança Institucional (CISI) da Instituição também fazem parte da missão.

O MP do Rio Grande do Sul, por intermédio da assessoria de imprensa, disse à reportagem que não vai se manifestar sobre a operação em andamento. “… há uma investigação em curso. Apenas isso que podemos repassar no momento.”

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