POLÍCIA

Fiscal de trânsito de Cachoerinha salva casal do golpe do anúncio falso no Facebook

Tudo começou com uma denúncia de transporte escolar irregular que teve dois desfechos no CRVA de Cachoeirinha

Cachoeirinha – Uma denúncia de transporte escolar irregular em Cachoeirinha acabou impedindo que duas famílias fossem vítimas de um golpe nesta sexta-feira (17) na transação de um Pálio. Inicialmente, agentes de trânsito foram deslocados para averiguar a denúncia do transporte irregular em frente à Escola Assunção, na Vila Anair.

Ao chegarem ao local, identificaram que uma Tower, dirigida por uma mulher, estava transportando sete pessoas. A fiscalização constatou que o automóvel possuía autorização para transportar apenas quatro. O proprietário do veículo compareceu ao local e afirmou que possuía autorização do CRVA para levar um número maior de passageiros. Todas as pessoas que estavam no veículo eram da família e não havia transporte irregular. Porém, permaneceu a dúvida sobre a documentação do veículo.

Os agentes decidiram acompanhar o proprietário, que deixou os passageiros na escola, até o CRVA de Cachoeirinha para verificar possível divergência no documento da Towner. No CRVA, servidores confirmaram que o veículo estava autorizado para transportar apenas quatro pessoas. Diante disso, o proprietário foi multado e Tower recolhida devido ao excesso de passageiros e às condições de manutenção do veículo.

No CRVA, um dos agentes, Anderson Pedroso, foi abordado por quatro pessoas que estavam no saguão na intenção de concluir a transação de um Pálio. Estavam um idoso, proprietário do carro, e sua filha, ambos moradores de Santo Antônio da Patrulha. E um casal, morador de Taquara, que tinha feito a compra e queria concluí-la para fazer o pagamento.


Os quatro foram parar em Cachoeirinha por orientação de um homem que se apresentou como vendedor de um Pálio que havia sido anunciado pelo proprietário no marketplace do Facebook por R$ 21 mil. O homem tinha feito contato com o proprietário dizendo que tinha uma revenda e pediu autorização para também fazer um anúncio.

O casal de Taquara decidiu comprar o carro e ao conversar com o intermediário, que na verdade era um golpista, recebeu a informação de que seria necessário dar um sinal de R$ 11 mil para garantir o negócio e a orientação de não falar nada para o vendedor para ele não perder um valor maior de comissão. Para o proprietário, o golpista enviou um comprovante do PIX nesse valor e mandou todos para Cachoeirinha. O casal não tinha feito ainda o PIX, que deveria ser executado, conforme a negociação com o golpista, quando ocorresse a comunicação da venda.

No CRVA, o proprietário, sua filha e o casal estavam confusos sobre o procedimento e resolveram consultar o agente de trânsito enquanto aguardavam atendimento para concluir a transação. Analisando o caso, Anderson verificou sem dificuldades que todos estavam sendo vítimas do golpe do anúncio no Facebook. Como o casal comprador não tinha pago nada ainda para o golpista, ninguém ficou no prejuízo. A filha do proprietário bloqueou o contato do golpista no whatsapp e todos voltaram para suas cidades.

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