POLÍCIA

Facção do tráfico é alvo de operação em Cachoeirinha e Gravataí

As ordens judiciais foram executadas no Rio Grande do Sul, em municípios como Porto Alegre, Cachoeirinha, Gravataí, Canoas, Alvorada, Viamão, Osório, Lajeado, Encantado, Estrela, Candelária e Santa Cruz do Sul, além de ações em Paranhos (MS), Maringá e Sarandi (PR) e São José (SC).

Cachoeirinha – A Polícia Civil, por meio da 3ª Delegacia de Investigação do Narcotráfico (3ª DIN/Denarc), deflagrou na manhã desta quinta-feira (18) a Operação Camisa 2, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa com origem no bairro Bom Jesus, na zona leste de Porto Alegre, e atuação em diversas regiões do Rio Grande do Sul e outros estados. A ofensiva resultou no cumprimento de 59 mandados de prisão preventiva, 94 mandados de busca e apreensão, 16 bloqueios de contas bancárias e seis sequestros de veículos.

As ordens judiciais foram executadas no Rio Grande do Sul, em municípios como Porto Alegre, Cachoeirinha, Gravataí, Canoas, Alvorada, Viamão, Osório, Lajeado, Encantado, Estrela, Candelária e Santa Cruz do Sul, além de ações em Paranhos (MS), Maringá e Sarandi (PR) e São José (SC).

Até o início da manhã, 50 pessoas haviam sido presas. Durante a operação, foram apreendidos aproximadamente 67 quilos de maconha, 66 quilos de cocaína, R$ 84 mil em dinheiro, dois veículos, duas armas de fogo, munições, carregadores, um drone, antenas de internet e balanças de precisão.

As investigações tiveram como base cinco ocorrências registradas entre 2023 e 2024, envolvendo apreensões de grandes quantidades de drogas, armas, munições e equipamentos utilizados no tráfico, além de prisões em flagrante realizadas em Cachoeirinha, Gravataí, Lajeado e Porto Alegre. Entre os casos, está a apreensão de 2,4 toneladas de maconha na BR-386, em Lajeado, e a prisão de um dos líderes do grupo, ocorrida em junho deste ano na Capital.


De acordo com o delegado Joel Wagner, responsável pela investigação, foi identificada uma célula criminosa denominada “A Camisa”, responsável principalmente pela distribuição de maconha na Região Metropolitana e no interior do estado. Segundo a apuração, o grupo atuava de forma estruturada, com hierarquia definida, envolvendo lideranças, subordinados diretos, fornecedores, gerentes regionais e intermediários financeiros.

As investigações também apontaram que a organização mantinha conexões com grupos criminosos de outros estados, especialmente do Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina, para a entrada de drogas no Rio Grande do Sul. O transporte dos entorpecentes era realizado, em sua maioria, por caminhões registrados em nome de terceiros.

A Polícia Civil apurou ainda que a organização movimentou mais de R$ 4,2 milhões durante o período investigado, por meio de transações bancárias e pagamentos em dinheiro, caracterizando indícios de lavagem de capitais.

Entre os alvos da operação estão integrantes da cúpula da organização criminosa, com antecedentes por tráfico de drogas, homicídios, porte ilegal de arma, adulteração de veículos e lavagem de dinheiro. Um dos líderes também é investigado por participação em um latrocínio ocorrido em Caxias do Sul, em junho de 2024, durante um roubo a valores transportados por via aérea, caso que resultou na morte de um policial militar e foi apurado pela Polícia Federal.

A Polícia Civil informou que as investigações seguem em andamento para identificar outros envolvidos e aprofundar a responsabilização criminal dos integrantes da organização.

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