ESTADO

Excesso de chuvas termina e vem estiagem com o La Niña

El Niño chegou ao fim e foi o grande responsável pelas enchentes em diversos municípios gaúchos

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Maior vilão do excesso de chuva do ano passado e deste outono no Rio Grande do Sul, com grandes enchentes e uma epidemia de dengue sem precedentes, o episódio do El Niño de 2023-2024 está praticamente terminado. A mudança na atmosfera vai levar ainda algum tempo, mas as condições oceânicas deixam de ser de El Niño.

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Não será nenhuma surpresa se nos próximos dias a Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA), a agência de tempo e clima do governo dos Estados Unidos, oficializar em boletim o fim do evento de El Niño que se iniciou em junho do ano passado.

O El Niño trouxe meses de chuva acima a muitíssimo acima da média no Rio Grande do Sul com grandes enchentes em setembro, novembro e agora em maio. Historicamente, o fenômeno costuma causar chuva extrema e inundações no território gaúcho nos meses de primavera do ano do seu início e no outono do ano seguinte.

O QUE É O FENÔMENO LA NIÑA

O fenômeno La Niña tem impactos relevantes no sistema climático global, sendo caracterizado por temperaturas abaixo do normal na superfície do Oceano Pacífico equatorial central e oriental. Essa condição contrasta com o El Niño, sua contraparte quente, e faz parte do fenômeno El Niño-Oscilação Sul (ENOS), que influencia os padrões climáticos em todo o mundo.

Durante um evento La Niña, as águas do oceano Pacífico equatorial central e oriental ficam mais frias do que o normal. Isso tem efeitos significativos nos padrões de vento, precipitação e temperatura ao redor do globo.

A última vez em que a La Niña esteve presente foi entre 2020 e 2023 com um longo evento do fenômeno que trouxe sucessivas estiagens no Sul do Brasil e uma crise hídrica no Uruguai, Argentina e Paraguai. No Brasil, os efeitos do La Niña variam de acordo com a região. O Sul do país geralmente experimenta menos chuva enquanto o Norte e o Nordeste registram um aumento das precipitações. Cresce o risco de estiagem no Sul do Brasil e no Mato Grosso do Sul, embora mesmo com a La Niña possam ocorrer eventos de chuva excessiva a extrema com enchentes e inundações.

Fonte: Metsul

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