Enchente no Vale do Taquari chama a atenção para o Plano Diretor – oreporter.net – Notícias de Cachoeirinha e Gravataí
Marco Barbosa - Foto: TV Câmara/Reprodução

Enchente no Vale do Taquari chama a atenção para o Plano Diretor

Prefeitura de Cachoeirinha, por pressão do Ministério Público, deu início ao processo para revisão da legislação

Cachoeirinha – A enchente no Vale do Taquari com suas consequências se refletindo na vida de milhares de pessoas foi trazida à Tribuna da Câmara de Vereadores na Sessão desta terça-feira (12) pelo vereador Marco Barbosa para uma reflexão sobre as previsões do Plano Diretor do ponto de vista de preocupações ambientais. Para o parlamentar, toda obra deveria ser pensada sob o guarda-chuva da questão ambiental.

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“Onde está a Agenda 21 nas ações de governo do município, onde estão as ações do Plano Diretor quando pensa em liberar condomínios. Se pensa na questão ambiental ou se pensa somente no poder econômico de liberar e construir. Eu acho que a gente precisa fazer essa reflexão. O Mato do Júlio foi um exemplo disso. No Governo passado, o que estava sendo proposta era uma verdadeira aberração. Felizmente, com a movimentação desta Casa, da movimentação da Frente Parlamentar que fizemos, através da sociedade que se organizou, a gente conseguiu barrar a aberração”, disse.

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Segundo o vereador, é necessário haver uma reflexão sobre os diversos aspectos que envolvem o planejamento da cidade. A revisão do Plano Diretor de Cachoeirinha, por pressão do Ministério Público, teve o primeiro passo no final do mês passado com a formação do novo Conselho Municipal e os próximos passos ainda não foram definidos.

A elaboração do Plano Setorial do Mato do Júlio é um dos pontos principais e outro é a discussão sobre loteamentos e condomínios. O vereador Brinaldo Mesquista, também na Tribuna destacou que é preciso repensar alguns pontos na legislação como a largura de ruas. Na Vila Bela, segundo ele, não há como um ônibus passar e sequer uma parada poderia ser construída em função da falta de espaço.

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“Quando se fala em Plano Diretor, infraestrutura, é muito sério porque atinge a vida das pessoas. Agora para sair [de um dos novos loteamentos], se não tiver um micro-ônibus, tem que andar um quilômetro para pegar um ônibus. E vão deixando. Aí o proprietário não pode tirar o pé de Maricá. Eles [construtoras] podem derrubar as Figueiras. É isso que tem que parar. Já passou a hora de parar. O Arroio de Águas Mortas, naquela região, já se aproxima de 40 mil habitantes. É maior que muita cidade. Onde não houve contrapartida. Tem o empresário que pensa no bem-estar e tem aquele que só pensa em ganhar dinheiro. Isso que nós temos que parar. Tem que caminhar junto. Não podemos trancar o desenvolvimento, mas tudo tem limite na vida”, salientou.

No feriadão, revelou o vereador, ele foi até o Sítio Ipiranga, região que vai ganhar mais de 10 mil habitantes quando todos os empreendimentos estiverem concluídos. Não há posto de saúde e escola. “Se nós queremos deixar alguma coisa para os nossos filhos, para os nossos netos, nós temos que ter a coragem de dizer que basta isso aí. Escola, onde é que vão estudar. Essa semana caminhando no Sítio Ipiranga, conversando com as pessoas … como essas pessoas vão viver sem ter transporte, escola, saúde? Os empresários só vem explorando o nosso município”, disse.

Confira o que disse Marco Barbosa:

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