DIY: Como fazer tapetes artesanais com retalhos de tecido
Em tempos de consumo consciente e valorização do feito à mão, transformar retalhos esquecidos em tapetes criativos virou mais do que uma tendência: é uma forma de decorar com significado. Os tapetes artesanais feitos com tecidos reaproveitados são acessíveis, sustentáveis e carregam uma beleza única — porque cada um é diferente, cheio de textura e história. E o melhor: você mesmo pode fazer, sem precisar de máquina de costura ou grandes habilidades manuais.
Neste guia completo, você vai aprender como criar tapetes estilosos com sobras de tecidos, entender quais técnicas usar, quais materiais funcionam melhor e como personalizar a peça para diferentes ambientes da casa.
Por que fazer tapetes com retalhos?
Antes de mais nada, vamos falar do porquê vale a pena investir em tapetes feitos à mão com retalhos:
- Sustentabilidade: você reaproveita tecidos que iriam para o lixo, reduzindo o descarte têxtil.
- Economia: o custo é praticamente zero, já que os materiais principais são reciclados.
- Personalização total: você escolhe as cores, tamanhos, formatos e estilos.
- Toque afetivo: cada retalho pode carregar uma memória — de uma roupa antiga, uma cortina ou lençol.
- Decoração original: ninguém vai ter um tapete igual ao seu.
Além disso, essa é uma atividade terapêutica, que relaxa, estimula a criatividade e pode até virar uma fonte de renda artesanal.
Os melhores tecidos para usar nos tapetes
Não é qualquer tecido que funciona bem para esse tipo de artesanato. O ideal é escolher materiais mais grossos e duráveis, que aguentem o uso e a lavagem sem se desfazerem. Veja os mais indicados:
- Jeans velho: resistente, fácil de cortar e ótimo para áreas de alto tráfego.
- Malha de camiseta: macia e elástica, perfeita para tapetes mais confortáveis.
- Tecidos de algodão: panos de prato, fronhas e lençóis antigos são boas opções.
- Toalhas de banho: dão um ótimo tapete para banheiro.
- Tecido de cortina ou estofado: excelentes para bases firmes e detalhes.
Evite tecidos que desfiam muito fácil, como cetim ou seda, e também tecidos sintéticos escorregadios, que comprometem a aderência do tapete ao chão.
Ferramentas básicas para começar
Você não precisa de uma estrutura de costura profissional para fazer seu tapete. Com poucos itens, já dá para começar:
- Tesoura afiada ou cortador circular
- Régua e base de corte (se tiver)
- Cola quente (para alguns acabamentos)
- Agulha grossa e linha resistente (em alguns modelos)
- Bastidor ou base de crochê (opcional)
- Tela antideslizante (para acabamento)
Agora que o kit está pronto, é hora de escolher a técnica.
1. Tapete trançado com tiras de tecido
Esse modelo é um dos mais fáceis e com visual mais rústico. Você vai cortar os retalhos em tiras de 3 a 5 cm de largura e trançar como se estivesse fazendo uma trança de cabelo. Depois, basta enrolar a trança em espiral e costurar ou colar com cola quente na base.
É possível fazer em formato redondo, oval ou até coração. Quanto mais firme a trança e mais colorida, mais bonito o resultado final.
2. Tapete de pompom com sobras de malha
Outra opção charmosa é usar malhas e camisetas antigas para fazer pequenos pompons. Com um pedaço de papelão, enrole a tira de tecido várias vezes, amarre no centro e corte as pontas. Depois, amarre os pompons em uma tela ou base furada (pode ser aquelas de crochê plástico ou de tela de construção).
Esse tipo de tapete é ideal para quartos infantis ou locais onde o conforto ao pisar faz diferença. Além de macio, é visualmente divertido.
3. Tapete de nós ou looping
Esse modelo usa uma técnica parecida com o latch hook (ganchinho de tapeçaria). Você prende as tiras de tecido em uma base vazada (como tela ou bastidor), fazendo laços ou nós simples.
O visual lembra um tapete de felpudo ou peludinho, e o volume cria um efeito decorativo lindo. É ótimo para entrada de casa, corredores ou ao lado da cama.
4. Tapete com base de crochê ou tear
Se você domina o crochê ou tem um tear em casa, pode usar tiras de tecido em vez de barbante. Esse estilo é conhecido como “crochê de malha” ou “trapilho” e permite criar formas mais definidas e resistentes.
Com uma base redonda ou oval, é possível montar tapetes decorativos, passadeiras ou até tapetes de parede. O resultado é firme e tem uma estética boêmia ou retrô.
Finalização e acabamento
Depois de montar seu tapete, é importante caprichar no acabamento:
- Costure uma base antiderrapante (pode ser uma borracha velha ou tecido emborrachado) para evitar que o tapete escorregue.
- Se as bordas estiverem desfiando, passe uma costura em zigue-zague ou cole uma fita de tecido ao redor.
- Para dar um toque final, borrife essência para tecido ou óleo essencial na base — isso cria um aroma agradável no ambiente.
Onde usar seus tapetes artesanais
Esses tapetes combinam com praticamente qualquer ambiente da casa:
- Cozinha: em frente à pia ou fogão, usando tecidos mais firmes como jeans ou lona.
- Banheiro: com toalhas antigas e base de borracha, para secar os pés com conforto.
- Quarto: com malhas e tecidos suaves, criando um cantinho aconchegante.
- Sala: sob uma mesinha lateral ou poltrona, para dar charme ao espaço.
- Área externa coberta: em varandas ou sacadas, com tecidos resistentes à umidade.
Muito mais do que um tapete
Criar um tapete artesanal com retalhos é mais do que fazer um objeto útil. É praticar o reaproveitamento, criar algo com as próprias mãos e transformar materiais esquecidos em peças que trazem aconchego e estilo para casa.
E o mais especial: cada tapete é uma história. Pode carregar memórias de roupas antigas, presentes, fases da vida. E isso é algo que nenhuma peça comprada pronta vai oferecer.







