Cachoeirinha registra 1.425 doses a menos nos frascos da CoronaVac – oreporter.net – Notícias de Cachoeirinha e Gravataí
Coronavac - Foto: Arquivo

Cachoeirinha registra 1.425 doses a menos nos frascos da CoronaVac

O que faltou teria sido suficiente para completar a aplicação da segunda dose prevista para esta semana, que teve que ser interrompida pela falta do imunizante

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Cachoeirinha – O que vem sendo relatado em diversos municípios não deixou de acontecer em Cachoeirinha: frascos da CoronaVac, a vacina contra a Covid-19 produzida a partir de uma parceria entre o Instituto Butantan e a farmacêutica chinesa Sinovac, chegaram com menos doses do que as 10 previstas. Conforme o secretário municipal da Saúde, Juliano Paz, foram registradas 1.425 doses a menos.

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O procedimento recomendado pelo Ministério da Saúde, quando não é possível extrair dos frascos a quantidade indicada no rótulo do imunizante, é o registro em um formulário técnico para ser analisado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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Logo no começo da vacinação, segundo Juliano Paz, era possível extrair até 11 doses das ampolas e hoje há casos nos quais elas rendem apenas 8, dois a menos das 10 indicadas no rótulo. Para ele, o problema não está nos tipos de seringas utilizadas ou método utilizado. “Há problema no envase”, suspeita. As doses que faltaram teriam sido suficientes para atender todo o público que deveria receber a segunda dose durante esta semana. A vacinação foi interrompida já que as vacinas se esgotaram.

Depois de muitas reclamações, o Instituto Butantan resolveu mudar a bula do imunizante. Segundo o instituto, cada frasco tem 10 doses de 0,5 mililitro, totalizando 5 ml. Porém, é envasado um conteúdo extra de aproximadamente 0,7 ml, o que possibilita uma margem para aplicação das 10 doses. Por isso, o instituto revisou a bula da CoronaVac, de maneira a deixar mais claras as informações sobre a extração do líquido dos frascos e adicionou um QRCode com um vídeo demonstrativo do procedimento.

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O Butantan informou, ainda, que seringas com volume maior do que o necessário podem dificultar a visualização da quantidade de vacina por não terem todas as gradações necessárias. É preciso ainda que os profissionais estejam atentos à posição correta da seringa na ampola, explicou o instituto.

Mudança no volume

As reclamações começaram a surgiu depois que a Anvisa aprovou, no início de março, a mudança do volume do frasco CoronaVac. O frasco que vinha sendo utilizado tinha uma capacidade para 6,2 mililitros (ml) de líquido. A agência autorizou o uso de um novo recipiente com 5,7 ml. A decisão foi motivada por um pedido do Instituto Butantan para evitar desperdício.

Cada frasco da vacina continua contendo dez doses, conforme aprovado na autorização de uso emergencial emitida pela Anvisa e na bula da vacina. A mudança foi solicitada porque o Instituto identificou que, em vez das dez doses previstas, com o volume que vinha era possível tirar 11 ou até mesmo 12 doses, situação esta detectada em 92,8% dos lotes.

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