Cachoeirinha já tem quase 3 mil casos de dengue e quatro mortes
Número de casos mais do que triplicou em comparação ao registrado em todo ano passado
Cachoeirinha – A dengue já provocou a morte de quatro pessoas em Cachoeirinha e o número de casos confirmados nos primeiros seis meses desse ano já são mais do que o triplo do registrado ao longo de todo o ano passado. A cidade tem hoje 2.950 casos confirmados e, deste total, 2.213 são autóctones, ou seja, a pessoa contraiu a doença em Cachoeirinha.
Há ainda 618 casos em investigação. Conforme dados da secretaria estadual da Saúde, 674 casos notificados foram considerados inconclusivos e 791, descartados. Esse ano, a dengue já provocou a morte de quatro pessoas. São dois homens e duas mulheres com idades entre 60 e 79 anos.
Os dados do primeiro semestre desse ano, na comparação com os do ano passado, considerando os 12 meses, mostram um crescimento expressivo da doença no município. Em 2023, foram registrados 854 casos confirmados e apenas uma morte.
A principal forma de controlar a propagação da doença, conforme autoridades de saúde informam há anos, é a eliminação de água parada, principalmente em residências. Até a água acumulada na evaporadora de geladeiras, por conta de falhas no sistema, são focos do mosquito. Qualquer recipiente que acumule água serve como criadouro. As pessoas devem eliminar na residência e pátio todo tipo de vasilha que possa acumular água. No caso de bebedouros de pets, eles devem ser bem lavados semanalmente para eliminar possíveis ovos depositados nas bordas.
Os sintomas da dengue
Febre alta (39°C a 40°C) com duração de dois a sete dias, dor atrás dos olhos, dor de cabeça, dor no corpo, dor nas articulações, mal-estar geral, náusea, vômito, diarreia, manchas vermelhas na pele com ou sem coceira. Os sinais podem agravar, ocasionando o extravasamento de plasma e/ou hemorragias que podem levar a pessoa ao choque grave e morte.
Todos os indivíduos estão expostos à dengue, mas alguns fatores de risco individuais, como idade, etnicidade e comorbidades podem determinar a gravidade da doença. Também, se a pessoa já teve dengue, ao ter a doença novamente, as chances de gravidade aumentam.
As defesas do organismo (anticorpos) da pessoa reagem ao sorotipo do vírus da dengue com o qual foram infectados e não protegem para os demais, ou seja, a imunidade é permanente somente para um mesmo sorotipo viral.
Ciclo de vida do mosquito da dengue
O ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti contém 4 fases: Adultos, Ovos, Larvas e Pupas. Quando infectado, o adulto pode transmitir os vírus da Dengue, Chikungunya e Zika durante a vida toda. As fases de Ovos, Larvas e Pupas ocorrem dentro da água, por isso a importância em eliminar criadouros, evitando a proliferação de Aedes aegypti! Dependendo do clima, em condições ideais, leva de 7 a 10 dias para que o ciclo de vida se complete.
Ovos do mosquito
- Têm formato alongado e são difíceis de serem observados a olho nu;
- A fêmea coloca de 100 a 150 ovos por vez, e durante a vida faz isso por 3 vezes;
- São colocados nas paredes dos recipientes com água, um pouco acima do nível da água;
- Podem ficar grudados nas paredes dos recipientes por até 1 ano, esperando entrar em contato com a água para se desenvolver;
- Ao entrar em contato com a água, os ovos se abrem;
- Se a fêmea estiver infectada com vírus (dengue ou zika ou chikungunya), ela pode passá-lo para os ovos, e o mosquito que nasce já pode nascer infectado.